Sunday, November 19, 2006

Reserva do Mindelo"avança" para o sul


A Reserva Ornitológica de Mindelo (ROM) deverá dar lugar a uma Área de Paisagem Protegida de âmbito regional, entre Azurara e Labruge, ao longo de 8,6 quilómetros de costa entre a foz dos rios Ave e Onda.

A decisão, que mereceu a aprovação de todas as entidades, surgiu no final de uma reunião, que decorreu na semana passada, entre a Câmara, a Comissão de Coordenação e de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), o Instituto de Conservação da Natureza (ICN) e o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto (CIBIO).

Recorde-se que de acordo com o protocolo assinado entre a autarquia e o CIBIO, a Universidade ficaria responsável pela elaboração de um Plano Estratégico tendo em vista o ordenamento e gestão da ROM. Em Julho, o CIBIO apresentou à Autarquia uma proposta, na qual se previa a criação - conforme defendia a Autarquia - de uma área protegida, que albergasse não só a ROM (entre Árvore e Mindelo), mas toda a costa Sul do concelho, incluindo o Castro de S. Paio (Labruge), numa área total de 618 hectares.

"Isto não invalida que a ROM possa ser um tipo parque, mas significa que não haverá apenas um simples parque, mas toda uma área de paisagem protegida", afirmou o presidente da Câmara de Vila do Conde, Mário Almeida.

A proposta será finalizada em reunião já agendada para o próximo dia 15 de Dezembro. O documento será, posteriormente, enviado para aprovação ao ICN.

No futuro, adiantou ainda Mário Almeida, a Área Protegida do Litoral Sul de Vila do Conde será gerida em parceria pelo ICN, pela CCDR-N e pela Câmara. ATM

Wednesday, September 27, 2006

Câmara aprova proposta da vereação socialista para a criação da Área Protegida

Em pleno período estival, a Câmara Municipal de Valongo reuniu, excepcionalmente, em reunião pública, a 24 do mês de Agosto. Com uma Ordem de Trabalhos sem assuntos de maior, a decisão mais importante terá sido a aprovação unânime de uma proposta do PS para a criação da Área Protegida das serras de Santa Justa, Pias e Castiçal.A há muito reclamada Área Protegida das Serras de Santa Justa, Pias e Castiçal pode ter ganho um decisivo impulso se o consenso verificado na reunião da Câmara do passado dia 24 se repetir na Assembleia da República, onde os socialistas anunciaram ir apresentar uma proposta para a sua criação.O bom acolhimento da maioria social-democrata, liderada por Fernando Melo, à proposta que Maria José Azevedo, líder da Oposição socialista, em nome do PS apresentou nesta reunião pública, poderá ser um bom indício disso mesmo.Fernando Melo pediu o empenhamento e ajuda dos socialistas para se alcançar finalmente esse objectivo comum. E a oportunidade é por demais flagrante, após mais um ano de fogos florestais que, mais uma vez, ameaçaram destruir parte significativa do riquíssimo património natural do concelho (este ano sobretudo as colónias de fetos raros existentes em nichos húmidos da serra de Santa Justa). A Faculdade de Ciências do Porto deverá, aliás apresentar em Setembro um diagnóstico da actual situação.Noticia retirada do Jornal "A Voz de Ermesinde"- online (http://www.avozdeermesinde.com/)
A serra do Nunca
A recente vaga de incêndios florestais deixou mágoas e cinzas espalhadas por todo o território nacional. O desastre abateu-se sobre o Parque Nacional da Peneda-Gerês, atingindo a zona do Mezio e a mata do Ramiscal - com prejuízos para o património natural que ainda não podem ser contabilizados (algum dia o serão?). Outras áreas protegidas foram percorridas pelas chamas, o que aliás serviu de pretexto para polémicas entre departamentos governamentais cujo objectivo devia ser cooperar e convergir. Essa polémica não é inocente - preparemo-nos para os próximos episódios. Sem esquecer que a procissão do fogo ainda vai no adro! Dentro da Área Metropolitana do Porto, sucedeu o que se receava fogos incontroláveis avassalaram um território confuso e desordenado, onde casas se misturam com matas de pinheiros e eucaliptos, lixeiras com caminhos, promessas vãs com incapacidade de agir. A serra de Santa Justa e suas imediações foram vítimas do fogo - mas andaremos mais perto da verdade se escrevermos que foram vítimas de desmazelos acumulados, de imprevidências inconfessáveis e de falta de visão política e do interesse público por parte de diversas entidades. Resultam pueris as declarações da Autarquia de Valongo - protestando o seu empenho na defesa da serra, esgrimindo com a "vigilância" que organizou e com as limpezas que ordenou. Com o resultado que se conhece e está agora bem à vista de todos! Adiante. De uma vez por todas, há que decidir - a serra de Santa Justa, Pias e Castiçais, envolvendo os concelhos de Valongo, Gondomar e Paredes, constitui, ou não, um espaço a preservar, com o fito de estabelecer uma vasta zona verde, de recreio e conservação, servindo de " pulmão verde" às populações da Área Metropolitana? Se a resposta é sim, convém esclarecer por que não foi cumprida a promessa governamental (do anterior Governo, que a veio proclamar ao Porto em 2003) de criar uma zona protegida? Por que adormecem nas gavetas da Assembleia da República projectos de lei com o mesmo objectivo? Por que não avançam as autarquias com uma iniciativa conjunta, ou a Junta Metropolitana do Porto, decidindo o estatuto a dar a esse território, integrado já na Rede Natura 2000? E ainda custa assim tanto criar um dispositivo de vigilância e patrulhamento da zona, eliminar a sério montureiras, lixeiras e depósitos de sucata? É assim tão difícil lançar um estudo sobre a indispensável reconversão da floresta, visando substituir gradualmente os eucaliptos por espécies autóctones, despoluir e tratar os cursos de água? Um plano coerente, faseado, com metas e possíveis financiamentos comunitários - é só o que se pretende. Mas, que fique claro, nada se conseguirá sem a modificação das "políticas" urbanísticas vigentes - a construção que cerca a serra e já a invade encostas acima, além de constituir, como se viu, um perigo para as populações, representa um verdadeiro crime. Nenhuma propaganda pode esconder o que os nossos olhos vêem, e basta olhar! A infelicidade quis que um dos pontos com maior interesse naturalista fosse, ao que parece, muito afectado pelas chamas na serra de Santa Justa - espécies botânicas únicas e o habitat de fauna rara. A aldeia de Couce foi evacuada e salva por pouco. Os cientistas não tardarão a dar notícia da real dimensão da tragédia ecológica. Este é porventura o momento da verdade. Se a serra foi diminuída e empobrecida uma vez mais, um pouco de ousadia podia mudar as coisa e transformar a tragédia numa oportunidade de ressurgimento. Difícil, infelizmente, é acreditar que venha a ser assim!
Publicado no Jornal de Notícias de, 22 de Agosto, de 2006
Santa Justa está a dividir poder

O incêndio que deflagrou no início desta semana na serra de Santa Justa, no concelho de Valongo, mobilizando dezenas de corporações do grande Porto para combater as chamas que consumiram centenas de hectares de terreno, já está circunscrito, mas dividiu o poder local.
A autarquia assegura que, apesar dos seus múltiplos esforços, aquela orla verde ainda não está classificada como área reservada - o que poderia evitar os incêndios, nomeadamente o de há dois anos, em que ardeu a costa inteira da serra -, por culpa dos sucessivos governos do PSD e do PS. O deputado socialista, José Manuel Ribeiro, devolve as acusações e desmente a Câmara. "Os responsáveis, que bem podem arriscar sanções criminais, começam pelo máximo responsável municipal pela protecção civil e defesa da floresta contra incêndios, ou seja, o autarca de Valongo". E esclarece "A defesa da floresta contra incêndios florestais está totalmente interligada à Protecção Civil. No entanto, em Valongo parece cada vez mais não existir quaisquer estratégias de actuação no plano da protecção civil e da defesa da floresta contra incêndios".
A autarquia garante que patrulha a serra e que desenvolveu acções no sentido de acabar com as sucateiras e as lixeiras. José Manuel Ribeiro volta a contestar a afirmação e defende que "é incompreensível e inaceitável que o Plano de Emergência Municipal de Valongo esteja profundamente desactualizado, contendo números de telefone que não existem, inexistência de Cartas de ocupação das espécies florestais e de estratificação dos incêndios florestais, entre outras lacunas". Para o deputado, a Câmara "limita-se ao protocolo com a Associação Florestal Portucale, com as pequenas brigadas de Sapadores Florestais, e que este ano segundo elementos da Protecção Civil nem sequer utilizam as motorizadas adquiridas para as acções de patrulhamento das florestas do Concelho, por falta de verba". in JN, 12 de AgostoHelena Teixeira da Silva

Sunday, July 03, 2005


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